sexta-feira, 30 de maio de 2014

Atrações do São joão em Quijingue


Dados dos crimes registrados em Quijingue

De acordo com registros policiais, de 2010 a 2014, os crimes mais cometidos em Quijingue foram:

1º Crime de Trânsito: 31% das ocorrências.

2º Violência contra a Mulher: 17% das ocorrências.

3º Lesão Corporal: 14% das ocorrências.

4º Ameaça: 12% das ocorrências.

5º Furto: 7% das ocorrências.

6º Contravenção: 6% das ocorrências.

7º Difamação: 5% das ocorrências.

8º Roubo: 5% das ocorrências.

Os restantes 3% estão distribuídos entre: Calúnia, Injúria, Estelionato, Homicídio, Estupro.

Chama a atenção o alto índice de Violência contra a Mulher, 17%.

Nos últimos 4 anos 80% dos crimes contra a mulher foram cometidos no ano de 2013. O que pode ser indício de que as mulheres estão denunciando mais as agressões que sofrem a medida que tomam consciência da legislação protetiva, como a Lei Maria da Penha.

35% dos crimes de Lesão Corporal foram cometidos em 2012. O que pode ser explicado devido 2012 ser ano eleitoral, período em que os ânimos se exaltam pela disputa política.



Quijingue.com

quinta-feira, 29 de maio de 2014

A cultura do Vaqueiro é destaque na Paraiba, documentário filmado por Bruno Maceté


Foto: Jornal da Paraiba
Documentário filmado por Bruno Maceté, dirigido por Miguel Teles e produzido  Laura Maurício e Dágina Chaves o qual aborda o canto e a vida dos vaqueiros é lançado em São José dos Ramos , Paraiba.  

Com o titulo ‘Aboio: A Voz Encantada do Vaqueiro’, o filme busca tornar visível essa cultura do vaqueiro que já é um tanto esquecida, trazendo à tona esses locais pouco industrializados e as inquietações decorrentes das transformações no campo que afetam os vaqueiros no exercício da sua profissão.

Em entrevista ao Jornal da Paraíba,Aqui o diretor Miguel Telles, afirma que o Sertão possui os quatro sentidos na alma. "O Sertão tem cheiro, gosto, cor e som. Dentre todos os sons, nenhum é mais característico no Sertão do que o canto do vaqueiro", comenta.

Ainda segundo Teles, a globalização, as cercas, as novas tecnologias aplicadas na agropecuária, a destruição da fauna e da flora, dentre outros, têm contribuído para o desaparecimento gradativo da profissão, somente agora reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social.

"Assim, o documentário tenta mostrar, através da melodia do aboio, a representatividade dos homens do couro na cultura e na tradição deste país”, concluiu Miguel Teles.

Fonte:Jornal da Paraíba  

terça-feira, 27 de maio de 2014

Maceté resgata sua história celebrando a III edição consecutiva do Fogo de Maceté

A comunidade de Maceté celebrou no último final de semana os 121 anos da passagem de Antonio Conselheiro e seus seguidores pelo povoado. Em 26 de maio  de 1893, ocorreu o primeiro conflito armado  entre Conselheiristas e a polícia baiana, que culminou posteriormente na Guerra de Canudos, o choque  ficou conhecido como: "O Fogo de Maceté", ou "O fogo do Viana" em alusão ao senhor Viana, homem que recebeu Antônio Conselheiro em sua casa. 

Para relembrar esta data histórica, e buscando o fortalecimento da memória histórica do povo sertanejo a Prefeitura de Quijingue e o Coletivo de Jovens de Maceté, com apoio da Escola Francisco Tertuliano, Colégio CESSE e a comunidade Local, organizaram uma programação cultural, com palestras, reisados, pífanos, capoeira, teatro, desfile histórico-cultural, cavalgada, missa  e muito forró com Bião de Canudos.

Este ano, de forma inédita foi realizada a I Cavalgada do Viana!
Texto editado:quijingue.com














quarta-feira, 21 de maio de 2014

SAC Móvel em Quijingue. Dias 30 e 31 de Maio


Nos próximos dias 30 e 31 de maio o SAC Móvel estará em Quijingue oferecendo os seguintes serviços:

- Emissão de Carteira de Identidade;
- Cadastro de Pessoa Física;
- Recadastramento de Pensionistas do Estado;
- Emissão de Antecedentes Criminais e
- Registro de críticas, denúncias, elogios, orientações,
reclamações, solicitações e sugestões sobre os serviços públicos
prestados pelo Governo do Estado.

O atendimento acontece das 8 às 18h.

via Decom 

Em Quijingue continua a velha forma de governar

Texto publicado neste quijingue.com no ano de 2010. Passados 4 anos e com outro gestor e novo grupo no poder, a impressão que fica é a de que ainda não rompemos com a velha política, o cerne do atraso permanece e a impressão é de que quase nada mudou no poder público local.



Por Plankton   07/04/2010

1º - Os primeiros anos você se esconde e se dedica a pagar as dívidas de campanha. Justifica que está arrumando a casa.

- É muito comum se observar nesse período as pessoas criticarem a ausência de governo e dizerem até que estão arrependidas de terem votado.

2º - Logo depois, você investe em festas. De preferência em bandas famosas. Isso serve pra acalmar os ânimos.

- É muito comum se observar nesse período as pessoas comentarem (anestesiadas) que o governante pelo menos sabe fazer festa.

3º - Nos últimos anos de mandato você inaugura as obras de todas as esferas de governo, continua investindo em festas e faz umas obras que deixam a dívida pro próximo governante assumir.

- É muito comum se observar nesse período as pessoas esquecerem dos primeiros anos e reafirmarem o quão bom é o governante.

OBS.: para que essa fórmula dê certo é preciso lembrar de um ingrediente principal:

- Mantenha os salários pagos em dia. Não queira um funcionário público chateado com você... não é bom. Fracione (precarizando) alguns postos de trabalho.. isso fará com que 1 emprego se transforme em 3... 3 votos.

Ta vendo só como é fácil?!

Talvez não seja a melhor forma de governar... mas isso só quando a gente mudar.
F.Quijingue.com

Quijingue: Prefeitura entra com ação para devolução de recursos contra o ex-prefeito Joaquim

A prefeitura de Quijingue entrou na justiça com uma Ação de Ressarcimento de Recursos ao cofre municipal contra o ex-prefeito Joaquim Manoel dos Santos (PSD) por Improbidade Administrativa.

A ação elenca as seguintes irregularidades:

1. O ex-prefeito não seguiu a Instrução 02/04 do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) que fala da transição que deve haver entre uma gestão e outra em fim de mandato.

2. A não observância de legalidade culminou com a inadimplência do município de Quijingue frente a vários orgãos do governo estadual, especialmente com a Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, o que excluiu o município de financiamentos importantes para seu desenvolvimento, de acordo com ofício 141/2014.

3. O município recebeu no ano de 2011 da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, para implementação de Programas e Serviços de Assistência Social, o valor de R$ 335.773,44 (trezentos e trinta e cinco mil setecentos e setenta e três reais e quarenta e quatro centavos), porém não houve a prestação de contas desses recursos recebidos, razão pela qual Quijingue ficou inadimplente e impedido de receber novos recursos.

4. Devido o ex-prefeito não ter prestado contas dos recursos recebido em 2011, o município não pode celebrar convênios com o governo estadual pois o nome de Quijingue foi lançado no cadastro de inadimplentes.

5. Por determinação do Tesouro Nacional, a única forma de retirar o nome do município do cadastro de inadimplente é o ajuizamento de Ação de Ressarcimento de Recursos contra o ex-prefeito causador da dívida, conforme IN 02/93 da Secretaria do Tesouro Nacional e decisão 7.255/93 do Tribunal de Contas da União.

6. Pelo município estar impedido de receber recursos e de realizar convênio com o governo do estado devido à inadimplência deixada pelo ex-prefeito, a atual gestão requer que seja determinada a indisponibilidade de bens do ex-prefeito até o limite do valor da dívida, ou seja, R$ 335.773,44 (trezentos e trinta e cinco mil setecentos e setenta e sete reais e quarenta e quatro centavos) para o ressarcimento do devido valor ao cofre municipal, nos termos da Lei Anticorrupção, expedindo ofícios ao Tribunal de Justiça da Bahia, à Receita Federal e ao Banco Central.

7. Ajuizamento de Ação de Improbidade contra o ex-prefeito devido as irregularidades que prejudicaram o município pela não prestação das contas dos recursos recebidos com as penalidades e sanções previstas na lei 8429/1992.



F.quijingue.com

Quijingue: MP abriu ações contra Karla Matos, ex-secretária de finanças na gestão passada

O Ministério Público abriu processos contra Anna Karla Matos do Carmo, ex-secretária de finanças da gestão passada.
 
No primeiro, Karla Matos foi denunciada pelo Ministério Público em Ação de Improbidade Administrativa. 
Em 2012, quando Karla ocupava o cargo secretária de Finanças a prefeitura contratou a empresa Econtap. Empresa de Contabilidade Pública. A contratação era para prestação de serviços em Assessoria e Consultoria Contábil. O valor do contrato foi de R$ 99.000,00 (noventa e nove mil reais). A empresa também foi denunciada pelo MP.

Além de Karla, o MP denunciou a empresa contratada Econtap, Jucicleide Alves Costa Aroeira (responsável pelo setor de Licitação da prefeitura à época) a empresa Recont, Consultoria e Assessoria Contábil, a empresa Sensatha Assessoria & Consultoria, Anderson da Silva Lima, José Timóteo de Araújo Andrade, Tiago Ferreira de Carvalho Filho, o ex-prefeito Joaquim Manoel dos Santos (PSD).

Ações de Improbidade Administrativa visam punir Enriquecimento Ilícito, Prejuízo ao Erário e Atentados contra os Princípios da Administração.


No segundo, Karla Matos também foi denunciada em outra Ação.

Nesse outro processo, o Ministério Público acusou Anna Karla Matos do Carmo, Jucicleide Alves da Costa Aroeira, Tiago Ferreira de Carvalho Filho, José Timóteo de Araújo Andrade, Anderson da Silva Lima, o ex-prefeito Reinaldo Oliveira, o ex-prefeito Joaquim Manoel dos Santos, o Instituto Municipal de Administração Pública, o Diário Oficial dos Municípios.

Valor da ação R$ 52.128,00 (cinquenta e dois mil cento e vinte e oito reais).


F quijingue.com

terça-feira, 20 de maio de 2014

Comunidade de Maceté celebra neste final de semana os 121 Anos do Combate de Maceté


Este ano, a histórica comunidade de Maceté/Quijingue celebra os 121 anos dos primeiros conflitos entre Conselheiristas e policia baiana, que culminou posteriormente  na Guerra de Canudos: evento já consolidado no calendário cultural da comunidade e município "O Fogo de Maceté", ou "O fogo do Viana", como descrevem diversos autores que tratam do tema, é um dos acontecimentos mais importantes da história de Quijingue, é referenciado em clássico da literatura como Os Sertões de Euclides da Cunha além diversas outras linguagens artísticas.
Uma programação especial foi idealizada pelo Coletivo de Jovens de Maceté, Escola Tertuliano/Cesse e  Prefeitura Municipal de Quijingue, com o apoio da comunidade local, para lembrar esse episódio histórico.

As atividades acontecem durantes os dias 24 e 15 de maio respectivamente sábado e domingo.
Conheçam um pouco mais da história local, valorize-a! Participem!

Confira a programação no cartaz


Texto alterado do quijingue.com

segunda-feira, 19 de maio de 2014

“OS SIGNIFICADOS DO FOGO DO VIANA: O QUE CELEBRAR E POR QUE CELEBRAR”

MANOEL NETO, historiador/IGHB/CEEC/UNEB
Ouvi faz alguns anos da professora Walnice Nogueira Galvão, autora do livro “No Calor da Hora”, obra que reporta os repórteres correspondentes de guerra que se fizeram presentes em Canudos, durante o Conflito de 1896/1897. Foi uma crítica verrina ao que ela denominou de efemeredismo, ou seja, o hábito muito comum das celebrações ocasionais em torno de um personagem ou acontecimento histórico, que passada a data redonda passam ao esquecimento, tornando-se assunto descartado para diferentes gerações. Teria razão à mestra de tantas letras e publicações sobre assuntos variados da literatura e da história brasileira?

Quero crer que a crítica tem em parte procedência. Afinal de contas a memória cultural e histórica do país se constitui não só nos registros documentais escritos, mas, no que tange a luta e a cultura popular, na cuidadosa e sofisticada transmissão oral do conhecimento que se processa na tessitura diuturna do cotidiano. È em torno da mesa, na transversalidade das cadeiras sobre calçadas, que a conversa transita e recupera o que parece esquecido, dormente, ignorado.

Poderia aqui enumerar nomes e fatos, elencá-los numa lista longa e entediante, para demonstrar que algumas efemérides ruidosamente comemoradas com pompas e circunstâncias estão solenemente esquecidas, tanto quanto seus fatos e personagens. Evidentemente que exceções existem, principalmente, no que concerne aos temas e heróis carimbados pela história oficial. Cuida-se para que não os esqueçamos, apresentando-nos a cada ano como se fosse a única e verdadeira face do país, a história que devemos trazer na ponta da língua decorada e pronta, sem contestações.

Entretanto colocados do outro lado da mesma moeda, olhando por sob os tapetes dos grandes salões, empoeirados nos fundos dos arquivos, deparamo-nos com homens e mulheres do povo, desassombrados quilombolas, camponeses sublevados, operários em barricadas, populares insultados que afrontam a tirania de patrões e do Estado, que arrostam a soberba dos poderosos. Devemos esquecê-los ou celebrá-los?
O que fazer com os exemplos dos Palmares de Zumbi, com os revoltosos da Bahia de 1798, onde e como negar Canudos, Contestado, Pau de Colher, Caldeirão Grande? É o sonho e a luta de nossa gente, nos campos e nas cidades, em todos os cantos e recantos do país. Como pensar o Brasil sem pensar nestes e em outros acontecimentos da nossa vida de povo e nação.

È dessa maneira que penso no Fogo do Viana. Exemplo pedagógico para que possamos refletir o Brasil de ontem e desafiarmos o país do presente e do porvir. Quando em 26 maio de 1893 a gente do Conselheiro enfrentou a agressão injustificável dos soldados da Polícia baiana, quando assim o fizeram nos legaram uma história dignificante para nos servir de referência.

Quem viveu e vive nos territórios sertanejos, possessões indígenas que a colonização portuguesa tingiu de sangue e cobiça, sabe muito bem a dureza de sobreviver as estiagens prolongadas, aos infortúnios das grande secas, ao poder discricionário das elites agrárias, tanto outrora quanto nos dias que correm. Renovados biologicamente os opressores se reapresentam. Velhas raposas da política, enganando a população, prometendo mundos e fundos, sonegando serviços e vendendo direitos como se tratassem de propriedades suas. Os currais do voto precisam ser arrebentados como o foram os grilhões do cativeiro.
A sociedade em que vivemos, em que pese a tecnologia, o avanço das comunicações e algumas conquistas sociais significativas, ainda é injusta e desigual. Nossos meninos e meninas, milhares deles, ainda vivem nas ruas. Bebem, fumam e se drogam. Nossos idosos, milhares deles, sofrem o descaso e o aviltamento de aposentadorias irrisórias. Alguns vivem nas sarjetas, outros morrem na indigência.

A celebração da data que assinala o FOGO DO VIANA deve sim ser motivo de orgulho e justa alegria para o povo de Maceté e de toda a região. Não enquadra no efemeredismo estéril e passivo a que se refere a professora Walnice Galvão citada no início deste texto. Ao contrário trazê-lo as ruas do povoado, levá-lo as escolas da região, discuti-los e ensiná-lo aos estudantes e aos que hoje habitam os sertões é lição de cidadania. È papo reto. Tá na ordem do dia!


domingo, 18 de maio de 2014

Falecimento do querido amigo Canário

É com imenso pesar que anunciamos o falecimento do nosso querido amigo Orlando Costa, carinhosamente conhecido como Canário, fato  acontecido pela hoje (18) pela manhã em Maceté.

Querido por todos  na comunidade, sua história é marcada  por lutas e superações.

Nossos sinceros sentimentos aos familiares.



sexta-feira, 16 de maio de 2014

Os principais elementos históricos que constitui a passagem de Conselheiro por Maceté e o desenrolar do Combate

Por Bruno Maceté

Fiz esse esquema simples pra tentar organizar os principais elementos históricos que constitui a passagem de Conselheiro por Maceté e o desenrolar do Combate, para uma melhor compreensão.

Para entender o Combate de Maceté de forma ampla dentro do contexto social e político da época, é necessário que a contextualização se faça de forma acentuada também com um viés sociopolítico, buscando os enlaces cruciais envolvidos no contexto da trajetória do Beato e não apenas do ponto de vista histórico reducionista como costumamos ver. O combate não se trata apenas de uma luta sangrenta isolada como alguns escritores costumam citar, esses geralmente não buscam entender as relações para além do ato do dia 26 de maio de 1893, ou seja a luta em si.
Existe toda uma disputa política ideológica no recente Brasil republicano e que é crucial para entender as relações na Bahia e consequentemente no sertão conselheirista fortemente agrário dominado pelas oligarquias e sobre forte influência da igreja católica.
Para que possamos ter o entendimento claro sobre o Combate de Maceté, traremos como marco inicial de analise a passagem de Antônio Conselheiro no mês de abril por Natuba, atual cidade de Nova Soure onde ocorre ato de rebeldia resultando na quebra de tabelas de cobranças de impostos e que vai resultar em perseguição policial, gerando o encontro e o combate em Maceté em 26 de maio de 1893. Segundo a renomada historiadora Consuelo Novais “o choque de Maceté causou surpresa e despertou o medo. O ímpeto guerreiro dos conselheiristas feriu as mentes dos fazendeiros”. A fala de Novaes mostra que a demandada dos soldados e a derrota em Maceté resultou em pânico por parte das oliquarquias políticas agrárias e conseqüentemente o crescimento do grupo conselheirista.


Segundo o mestre Calsans após a vitória conselheirista em Maceté surge por parte da figura do Barão de Geremoado a cobrança do Estado em enviar nova tropa policial de Salvador a qual foi composta por 80 policias que retornaram de Serrinha, desistindo não se sabe por quais motivos.
Então o choque em Maceté não se trata apenas de um ato isolado na trajetória conselheirista, Calasans coloca que o bom êxito das hostes de Antonio Vicente animou os partidários, que ocorreram de vários pontos, dispostos a todos os sacrifícios. Em pouco tempo, a imprensa noticiava que cerca de duas mil pessoas haviam tomado a direção de Canudos acompanhando o messias.
Nas palavras da professora Consuelo “só após o choque de Maceté é que as forças políticas e fazendeiros passaram a manifestar temor em relação a vizinhança de Conselheiro.
O certo é que o Combate de Maceté é crucial na trajetória de Antônio Conselheiro, é o momento em que a sua vida de peregrino tende a se encerrar, é a ruptura definitiva com a peregrinação é um momento onde se demonstra a sua inconformidade com o que a republica representa diz o professor Manoel Neto, após Maceté o beato percebe que as forças repressivas da elite agrária, do Estado e Igreja Catolica tendia a aumentar, então parte para Canudos chegando no inicio de junho e não mais sai de lá até o termino do massacre em 5 de outubro de 1897.
Esse preâmbulo se faz importante para que percebamos como se constitui politicamente um ambiente propicio ao combate e suas relações. Agora partimos a entrar nas questões especificas referentes ao combate e como o mesmo ocorreu em Maceté para que se tenha melhor conhecimento.
• PERSONAGENS PRESENTES NO COMBATE EM MACETÉ
Dos participantes existe quatro personagens conhecidos na história são eles o já conhecido Antônio Conselheiro, João Abade que era o líder guerrilheiro comandante tropa conselheirista tendo grande papel durante a guerra.

O senhor Severiano Bispo da Silva, popular Viana morador da região de Maceté que recebeu Conselheiro em sua casa local do Combate.

Luis Marancó desconhecido morador da região e vaqueiro da fazenda do senhor Passinho


• POLICIAIS PARTICIPANTES E MORTES

Segundo Calasans participaram na faixa de 35 policiais comandados pelo Tenente Virgilio de Almeida além de centenas de sertanejos liderados por João Abade.

No livro os Sertões, Euclides da Cunha reproduz uma fala de Conselheiro onde ele diz que houve mortes de ambos os lados, os números são controversos, porém outros estudiosos afirmam mortes de ambos os lados, porém sem números exatos, dizem três soldados mas não sabe-se sobre os conselheiristas. 


• 26/05/1893 O DIA DO COMBATE

Segundo a memória popular e a história oral de alguns moradores de Maceté, quando a população da redondeza soube que o Beato estava na casa do Viana, todos se foram para lá, pois haveria rezas e novenas a noite.

As orações ocorriam quando a polícia chegou, dizem que os policiais esperaram terminar quando atacaram, o clima de tensão foi grande, sertanejos armados com foice, facão e espingardas de caça lutaram contra soldados fortemente armados.

Logo após o combate Conselheiro parte para Canudos, dizem que algumas pessoas da região de Maceté o seguiram.

• ONDE ESTÁ O COMBATE DE MACETÉ? LITERATURA, ARTES PLÁSTICAS, MUSICA ENTRE OUTROS
Livro- Os sertões de Euclides da Cunha
Livro- Só Deus é Grande de Alexandre Oten
Livro- Cartas para o Barão de Consuelo Novaes Sampaio
Estudiosos Renomados, Jose Calsans, Manoel Neto,Consuelo Novais

Algumas musicas cantadas por - Fabio Paes, Gereba,Marcos Canudos,
Pinturas de Trípoli Gaudenzi
Cordel de Antônio Barreto
Cinema- Paixão e Guerra no sertão de Canudos por Antônio Olavo
Maceté Memórias da Terra e do Povo-Bruno e Danilo

O combate é citado em matéria da Rede Globo exibido no Fantástico e Jornal da Globo em 1997
Henrique Valentin entrevistado pra revista Veja sobre o Combate em 1981

Tal episódio coloca Maceté como privilegiado nesse contexto, história que necessita ser apropriada pelos cidadãos, história protagonizada por irmãos e irmãs  sertanejos, lutaram em busca de dignidade e essa luta travada no passado é força motriz que inspira filhos no presente.

NOTAS IMPORTANTES 

• Sobre a passagem por Maceté: Calsasans diz ao contrário do que Euclides da Cunha escreveu, penso que o Conselheiro não escolheu um lugar estratégico para se instalar. Ele iria para Canudos a fim de benzer a Igreja de Santo Antonio. Foi um acidente de percurso.

• Em artigo Calasans diz: Em maio de 1893, pouco antes do combate de Masseté, no município baiano de Tucano, onde os conselheiristas enfrentaram e venceram uma tropa da polícia baiana, o Dr. Salomão de Souza Dantas, promotor público em Itapicuru,encontrou o Bom Jesus na fazenda Olhos d'Água. A propósito do inesperado encontro, disse o Dr. Salomão: “O mulherio constituía, então, a parte mais numerosa do pessoal fanático, podendo ser calculado em dois terços do bando que acompanhava o Conselheiro. Em Olhos d'Água, este disporia,aproximadamente, de cem a duzentos homens de combate, com os quais fez a proeza de Masseté, ganhando, daí em diante, prestígio e poderio incalculáveis em todo o sertão da Bahia e Estados limítrofes”. O bom êxito das hostes de Antonio Vicente animou os partidários, que ocorreram de vários pontos, dispostos a todos os sacrifícios. Em pouco tempo, a imprensa noticiava que cerca de duas mil pessoas haviam tomado a direção de Canudos acompanhando o messias.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Quijingue: gestão do ex-prefeito Joaquim celebrou contratos com empresas citadas pela Polícia Federal na Operação 13 de Maio

O grupo de rede social Quijingue Todo Dia localizou em diários oficiais da gestão passada duas empresas que foram contratadas pela prefeitura de Quijingue durante a gestão do ex-prefeito Joaquim Manoel dos Santos (PSD), nos anos de 2011 e 2012, identificadas pela Polícia Federal na Operação 13 de Maio como de fachada para desvios de recursos públicos.

As empresas são  Primazia Construtora Civil e PSSA Construtora Civil Ltda identificadas pela Polícia Federal como de fachada para desvios de verbas.

De acordo com a Polícia Federal, ao menos dez empresas foram usadas por vinte prefeituras para o desvio de recursos públicos superiores a R$ 70 milhões.

O valor dos contratos celebrados entre a prefeitura de Quijingue e as duas empresas ultrapassam o montante de R$ 800.000,00 (oitocentos mil reais).

Abaixo, os extratos de contratos celebrados entre a prefeitura e as empresas na gestão do ex-prefeito.




 
 
 
Quijingue.com

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Entenda como é o esquema de corrupção que Quijingue está envolvido segundo a Polícia federal

Dois prefeitos baianos, que eram considerados foragidos, se apresentaram na Superintendência Regional de Polícia Federal na Bahia na manhã desta quarta-feira (14). Além deles dois, mais quatro pessoas que estavam sendo procuradas também se apresentaram hoje na sede. 
Até a noite de ontem, 19 pessoas já haviam sido presas durante a operação 13 de Maio, que desarticulou uma quadrilha composta por 153 funcionários públicos (entre eles, 28 agentes políticos) e empresários.
Usando empresas de fachada, o esquema desviou pelo menos R$ 70 milhões do erário. Os prefeitos que cumpriram o mandado de prisão temporário hoje foram o prefeitos de Fátima, José Idelfonso Borges dos Santos, e de Sítio do Quinto, Cleigivaldo Carvalho Santarosa, ambos do PDT. 
Quatro mandados de prisão, dos 29 expedidos, ainda não foram cumpridos. O grupo que se entregou nesta quarta ficará preso por cinco dias; sendo que a prisão temporária poderá ser prorrogada por mais cinco. 
Ao menos 20 municípios foram lesados pela quadrilha, que desviou mais R$ 70 milhões dos cofres públicos usando a estrutura administrativa de prefeituras baiana. As investigações da PF, iniciadas em 2008, apontam a existência da organização criminosa há mais de uma década, composta por agentes públicos e empresários.
Eles atuavam com a finalidade de desviar recursos públicos oriundos principalmente da conta do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), além de outros de origens federal, estadual e municipal.
De acordo com as investigações, o grupo utilizava empresas de fachada e laranjas contratados para a realização de serviços de engenharia, de transporte escolar, construção e reforma de escolas e realização de eventos sociais.
No entanto, os serviços não eram prestados, ou eram apenas parcialmente realizados, e parte da verba, ou o valor integral, era repassada para as contas pessoais dos envolvidos.
Nomes
Entre os acusados de participar do esquema de corrupção estão seis ex-prefeitos, que tiveram a prisão temporária de cinco dias decretada.
São eles: Osvaldo Rubens Nascimento (Fátima) e Manoel Messias Vieira (Fátima), Manoel Alves dos Santos (Água Fria), Ailton Souza Silva (Ipecaetá), José Messias Matos Reis (Novo Triunfo), além de um sexto nome não revelado.
Os vereadores José Wilson (Fátima), José de Jesus Souza (Fátima), Francisco Borges (Fátima), além dos secretários municipais Alan Oliveira Santos (Fátima), José Roberto Nascimento (Fátima), Grivaldo (Fátima), Antônio Ramiro (Água Fria) e Fabiana da Silva Gomes (Banzaê) também devem ir para a cadeia, segundo determinação da Justiça Federal.
Edson Brito, ex-vereador de Banzaê, que chegou a presidir a Câmara Municipal e foi candidato derrotado à prefeitura nas últimas eleições, foi preso em Brasília ontem. Além dos mandados de prisão temporária, foram expedidos 83 mandados de busca e apreensão.
A Justiça determinou, ainda, o afastamento cautelar de sete pessoas de suas atividades profissionais, inclusive de funções públicas ocupadas. 
De acordo com a PF, as verbas desviadas foram gastas na compra de fazendas, mansões, gados e empresas. Por conta disso, a Justiça determinou também o sequestro de bens, entre os quais, veículos, embarcações, joias, valores em espécie e o bloqueio de recursos financeiros dos suspeitos.
No total, 153 servidores públicos são investigados (28 deles, agentes políticos).
Os envolvidos irão responder por improbidade administrativa, fraude em licitação, crime de responsabilidade (por parte dos  prefeitos), peculato, uso de documento falso, organização criminosa, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e crimes contra a ordem tributária e previdenciária. 
Berço
Segundo a PF, o esquema de desvio de verbas nasceu no município de Fátima. Em 2001, por meio de um sorteio, a Controladoria-Geral da União (CGU) detectou irregularidades nas contas da cidade. Foi aberto um processo de investigação e, durante a tramitação, em 2008, foram constatadas novas irregularidades.
“Foi desviado do município R$ 299 mil, referente à parte do Fundeb. Essa quantia é um saldo que restou de obras do governo federal e que devia ser uma bonificação aos professores”, informa Adilmar Gregorini, chefe de CGU na Bahia. “Os professores deveriam receber de tributos R$ 1.200 e receberam R$ 147. A diferença de valor foi embolsada pelo prefeito e secretários da época”, complementa Gregorini.
No comando das investigações, o delegado José Nogueira, chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da PF, disse que Fátima era o município onde se concentrava a maior movimentação financeira da organização criminosa.
“Isso porque existe um grande número de empresas de faixada. Então, foi feita a quebra do sigilo bancário e interceptação telefônica e foram identificadas movimentações bancárias incompatíveis com a atividade da empresa. Algumas nem funcionavam”, explica o delegado. 
Segundo Nogueira, a organização utilizava uma “conta-hospedeira”, o que facilitou as investigações. “Todo dinheiro gerado do esquema era depositado numa conta-hospedeira, de uma pessoa de confiança do prefeito, e depois repassada para a própria conta pessoal do prefeito, vereadores e secretários”, explica o responsável pelas investigações. Segundo ele, a “conta-hospedeira” seria de um ex-prefeito de Fátima, cujo nome não foi revelado porque o processo corre em segredo de Justiça.
Ainda de acordo com Nogueira, o grupo que atua em Fátima acabou tendo ramificações em outras cidades baianas. “Ficamos impressionados em relação ao número de empresas de fachada em Fátima. O que sabemos é que aquela organização que atuava em Fátima teve o poder de atuar em outros municípios e interagir com essas organizações”, elucida, acrescentando que o número de cidades investigadas pode aumentar com o desenrolar das apurações.
Empresas
Ao todo, 33 empresas estão na mira da Polícia Federal por conta das suspeitas de fraudes financeiras. A maioria é formada por construtoras contratadas para levantar ou reformar escolas públicas, como a AML Serviços e Empreendimentos Ltda, com sede no Edifício Cidade de Aracaju, no bairro do Comércio, em Salvador.
De acordo com a PF, a empresa recebeu, em 2009, R$ 13 milhões da prefeitura de São Francisco do Conde, para a construção de duas escolas. “Mas, até agora, nenhuma delas foi construída”, aponta o delegado José Nogueira.
Além da AML Serviços e Empreendimentos Ltda, a PF revelou o nome de outras nove empresas. São elas:  DLIXT Construtora, HB Construtora Ltda, Josefina Furacão Produções de Eventos, M. Filho Transporte Ltda, Primazia Construtora Civil, PSSA Construtora Civil Ltda, Santos Filho Transportes e Construções Ltda, União Brasil Transportes, Zuêra Organização e Produção de Espetáculo.
Operação
A operação foi deflagrada por volta das 6h de ontem, em 26 municípios baianos, além de Aracaju (SE) e Brasília (DF). Cerca de 400 policiais federais, com o apoio de 45 servidores da CGU e 45 da Receita Federal participaram da execução da operação 13 de Maio, em cumprimento dos mandados de prisão, busca e apreensão.
Doze pessoas foram levadas para o Presídio Regional de Feira de Santana, a maioria do município de Fátima. Entre eles, está o secretário de Educação da cidade, Cidney Andrade, juntamente com sua mulher, Maria Iva Rodrigues de Carvalho, além do ex-prefeito Osvaldo Ribeiro Nascimento e o filho, José Roberto Nascimento, secretário de Finanças de Fátima.
Além da prisão do vereador de Banzaê, na capital federal, outra prisão da Operação 13 de Maio também foi realizada fora do estado, em Aracaju. O nome do suspeito não foi divulgado.
Documentos, computadores, celulares e outros equipamentos foram apreendidos pelos federais.
Além de Fátima, foram identificadas irregularidades em Heliópolis, Ipecaetá, Aramari, Banzaê, Ribeira do Pombal, Sítio do Quinto, Água Fria, Novo Triunfo, Itiruçu, Ourolândia, Santa Brígida, Paripiranga, Itanagra, Quijingue, Sátiro Dias, Coração de Maria, Cícero Dantas, Lamarão e São Francisco do Conde.

Correio da bahia

terça-feira, 13 de maio de 2014

Polícia Federal realiza operação para combater desvio de R$30 milhões em 20 prefeituras baianas, Quijingue na lista



A Polícia Federal iniciou na manhã desta terça-feira (13) a Operação 13 de Maio, que irá combater crimes de desvio de recursos públicos e corrupção praticados em prefeituras de 20 municípios baianos. Dois prefeitos e seis são ex-prefeitos estão entre os suspeitos e tiveram prisão determinada pela justiça.

 

Segundo a PF, pelo menos R$ 30 milhões foram desviados nos municípios investigados. Cerca de 400 agentes federais, 45 servidores da CGU e 45 da Receita Federal, cumprem 29 mandados de prisão temporária e 83 mandados de busca e apreensão, decretados pela Justiça Federal. Sete pessoas foram afastadas de suas atividades e cargos públicos. 

 

Além dos prefeitos, quatro vereadores, cinco secretários municipais e nove funcionários públicos também tiveram a prisão decretada. Os desvios foram identificados nas cidades de Fátima, Heliópolis, Ipecaetá, Aramari, Banzaê, Ribeira do Pombal, Sítio do Quinto, Água Fria, Novo Triunfo, Itiruçu, Ourolândia, Santa Brígida, Paripiranga, Itanagra, Quijingue, Sátiro Dias, Coração de Maria, Cícero Dantas, Lamarão e São Francisco do Conde.

Em Quijingue o Delegado da PF que acompanha a operação solicitou todos os documentos referentes aos recursos federais e estaduais, desde 2001.

 

Organização criminosa
 

Segundo investigação da Polícia Federal, funcionários públicos e empresários integram uma organização criminosa que existe há mais de 10 anos. Eles desviavam recursos públicos que ficavam em uma conta do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Recursos de origens federais, estaduais e municipais também foram desviados.

 

Empresas de fachada e laranjas eram contratados para realizar serviços de engenharia, de transporte escolar e realização de eventos sociais para o grupo. Os envolvidos devem responder por crimes de responsabilidade, malversação de recursos públicos, lavagem de dinheiro, peculato, organização criminosa, uso de documento falso e crimes da lei de licitações.

 
A operação, que também é realizada em Aracaju (SE) e Brasília (DF), conta com o apoio da Controladoria Geral da União (CGU), da Receita Federal e da  Assessoria de Pesquisa Estratégicas da Previdência Social.

As informações são do Correio e quijingue.com

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Prefeitura de Euclides da Cunha divulga resultado final de concurso

A Prefeitura Municipal de Euclides da Cunha, por meio de sua Prefeita, no uso das atribuições legais, e mediante as condições estipuladas nos Editais e Comunicados oficiais publicados nos sites www.selecao.uneb.br/euclidesdacunha2013www.euclidesdacunha.ba.gov.br torna público o Resultado Final para os Candidatos dos Cargos de Oficial de Infraestrutura (carpinteiro e pedreiro), Assistente de Classe de Educação Infantil e de Educação Especial, Guarda Municipal, Agente de Trânsito, Coordenador Pedagógico,Professor do Ensino Fundamental 1º ao 5º ano, Psicólogo Escolar, Nutricionista Escolar e Bibliotecário Escolar sob responsabilidade da Universidade do Estado da Bahia (UNEB).


Euclidesdacunha.com

Cemitério de Maceté em estado de Calamidade pública, não existe mais espaço para enterrar corpos.


É de conhecimento de todos a péssima qualidade dos serviços públicos prestados e nos povoados o problema se agrava e Maceté não é diferente, não existe representação do poder executivo para conversar, averiguar as necessidades da população para que o poder público se coloque diante dos problemas.Tal papel recai com os vereadores, os quais não fazem e quando fazem a lentidão e incompetência é tremenda.

Já publicamos neste Blog o descaso com o cemitério de Maceté, isso desde a gestão passada  do ex Prefeito Joaquim, a capacidade do cemitério não já suporta, precisa-se de ampliação urgente, isso além da péssima condições das paredes etc. Confira denuncia anterior aqui http://blogmacete.blogspot.com.br/2012/03/urgente-cemiterio-de-macete-precisa-de.html

Segundo Jonas, cidadão que trabalha no cemitério ele tem que mexer em sepulturas ainda recentes quando necessita enterrar algum corpo, é um absurdo.

Existe terreno próximo e que deve ser negociado para ampliação, segundo boatos os donos das terras não vendem para o fim de ampliar, deve o poder público interceder, negociar e desapropriar se for o caso para atender a demandas da população.

Além do mais, existe no  próprio terreno público a condição de ampliação em alguns metros o que já ajudaria bastante.

Indagamos algumas questões básicas , quais custos são necessários ao poder público para a ampliação de um cemitério?


Respondemos: Cimento, Areia,Bloco e pagamento de um pedreiro, o  qual  temos certeza que fariam voluntariamente.

Que seja resolvido o problema o mais rápido possível, basta certa vontade, compromisso o que não vem ocorrendo.


 

Algumas atrações do São João de Euclides da Cunha- 2014

O São João de Euclides da Cunha promete ser bastante animado, podemos perceber misturas do forró tradicional e sertanejo universitário.

Algumas atrações já foram divulgadas:
  
Targino Gondim
Gustavo Lima
Estakazero 
Caviar com Rapadura

terça-feira, 6 de maio de 2014

Quem era o Vianna, homem que abrigou Conselheiro em Maceté?



A passagem de Antônio Conselheiro por Maceté em 26 de maio de 1893, ocorrendo sangrento combate, morrendo militares e civis é marco da nossa história. Tal episodio é citado em livros referenciais que abordam a temática da Guerra de Canudos como Os Sertões de Euclides da Cunha entre outros.

O combate se insere como importante marco no contexto pré-guerra de Canudos e o período de peregrinação  conselheirista, que se enceraria com sua chegada a Canudos apos a passagem por Maceté. Como disse, o episódio  é citado em diversos livros, além de  linguagens artistas diversas como a musica as artes plásticas etc. No entanto ainda somos carentes de  maiores informações  sobre uma das figuras mais  importantes que estiveram presente no sangrento episódio, que é a figura do senhor  Viana  homem de Maceté que recebeu e deu abrigo a  Conselheiro.  
É  no intuito de trazer novas contribuições que este escrito se coloca, trazer ao grande público  algumas informações desconhecidas sobre o senhor Viana e sua identidade.

Na comunidade de Maceté, pouco se sabe sobre o Viana, sobre  sua identidade e seu passado, essas informações não estão contidas na memória da população até mesmo nos mais interessados e conhecedores  sobre a história local como o senhor Manoel Costa (seu Nel), onde já entrevistei e pouca informação tinha guardada na tradição histórica popular sobre o Viana.

O  professor José Calasans (in memoriam) reconhecido como o maior pesquisador sobre a Guerra de  Canudos,  sempre preocupado em contribuir com a história, buscando informações valiosas ele mergulha numa viagem a Maceté, (dado indicam que em 1983), na intenção de  conseguir relatos sobre o combate e de figuras como o Viana.  Ao pesquisar sobre algo relacionado  ao Combate de Maceté,  encontrei recentemente um valioso texto escrito pelo professor onde ele diz:
recente viagem ao povoado de Masseté, proporcionou-me o ensejo de conhecer melhor a vida de dois adeptos do Bom Jesus Conselheiro, cujos nomes não foram incluídos na série "Quase biografias de jagunços". Viana e Luís Marancó, gente de Masseté.

Observem que existe outro homem da região de Maceté  que também  fez  parte do combate porém pouco conhecido, era vaqueiro da fazenda olho d’agua. Percebam que anteriormente Calasans já pretendia trazer ao conhecimento do publico no seu livro “Quase Biografia de Jagunços” onde ele descreve diversos personagens do contexto histórico da guerra, detalhes sobre os dois personagens do combate de Maceté, o qual trouxe em artigo posteriormente contribuições grandiosas fazendo com que tenhamos conhecimento sobre a figura do senhor Viana, seu nome e características, o qual ele descreve.
O "tal Viana", em cuja casa estava hospedado Antonio Conselheiro, numa posição elevada à margem  do riacho Masseté chamava-se Severiano Bispo da Silva. Viana era alcunha. Homem de alguns recursos, viveu muitos anos após a refrega de  93,  não  tendo  acompanhado  os  jagunços  na  caminhada  para  Canudos. Solteirão,  deixou  um  filho  bastardo,  José  Ricardo  da  Costa,  com  inúmeros descendentes.

Calasans teve a oportunidade de conversar com pessoas idosas de Maceté como Sr Evaristo, Possidônio, Maria José e Manoel Correia. Os  dois primeiros respectivamente já falecidos, José Ricardo o qual  o professor diz na citação é parente do senhor Manoel dos Santos e que hoje reside no distrito de Jorro, a pessoa a qual lhe conduziu a Maceté para pesquisa.

Segundo Calasans, o  Viana deixou fama de homem sério, bom e  trabalhador. O mesmo não sucede com Luís Marancó, homem perverso e maldoso, era empregado do senhor Passinho, fazendeiro da região.
Os textos escritos pelo mestre professor Calasans são de fundamental importância histórica sobre o episódio de Maceté  pois nos trazem valiosas contribuições e  revela a real identidade do Senhor Viana que se chama Severiano Bispo da Silva, até então desconhecida em Maceté e pra muitas pessoas que não se aprofundam em pesquisas referentes a temática.   Tal revelação nos enriquece enquanto conhecedores e admiradores da nossa história, assim como para o conhecimento e perpetuação  da história através da juventude e demais pessoas.


Referências: CALASANS José: CANUDOS – NOTAS ANTIGAS disponível na internet