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segunda-feira, 21 de setembro de 2015
GOLPE DA MÍDIA NA DEMOCRACIA: LIÇÕES QUE A HISTÓRIA NOS MOSTRA
A mídia hegemônica não desiste: vanguardeia o impeachment. Gosta, sempre gostou de golpes. Nunca se acostumou verdadeiramente à idéia de democracia. É bom sempre estar atento à história, às lições da história. Foi parte essencial do golpe de 1954, só abortado pelo suicídio de Getúlio. Fez o que pôde para a desestabilização de Juscelino. Entrou de cabeça na articulação do golpe de 1964, cúmplice inegável de um regime de terror e morte. Foi complacente com a ditadura. E quando sobreveio a vitória de Lula em 2002, a mídia hegemônica sacou as armas todas de que dispõe, abandonando liminarmente os critérios jornalísticos, e passou a combater cotidianamente o projeto político em curso, desprezando as regras democráticas, lixando-se para o Estado de Direito. Haja ou não a proposta do impeachment, tenha sido ou não apresentada, tenha ou não razões para ela, a mídia não tira a palavra impeachment da manchete principal. Leram o Estadão hoje? Nossa mídia quer naturalizar o golpe, quer fazer crer que o tapetão que se pretende tem legitimidade, para além da inegável integridade da presidenta Dilma, que até os adversários reconhecem. Como diria Judith Brito em 2010, já que a oposição é fraca, a mídia deve fazer o papel da oposição, assumir sua feição partidária, nunca negada. A consciência democrática do Brasil não aceita o golpe. Tenha o nome que tiver. Quem quer o governo, dispute eleições. Democraticamente. Golpe, nunca mais!Profº e Secretário do Minicom: Emiliano José
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