terça-feira, 1 de abril de 2014

Quijingue precisa acordar?

Por Marcos Leone

Vivemos um momento emblemático na política local, uma efervescência e um calor nos debates. Onde a preeminência da palavra, a argumentação tem sido cada dia mais valorizada. Contudo vejo através das redes sociais o clamor acompanhado do pedido do #acordaQuijingue.


Porém não vejo que o município necessita acordar, mas sim, se manter acordado. Quijingue foi despertado nas eleições de 2012, onde após décadas de um grupo no poder a oposição saiu vencedora do pleito. Esse é, a meu ver, o momento auge da liberdade de expressão e reavivamento do pensamento crítico do Quijinguense, tanto é verdade que com os erros inegáveis da atual gestão, acompanhado de denúncias de corrupção e ineficiência em alguns serviços públicos, os ecos de inconformismo soam alto no município.

Nunca nos 52 anos de história de Quijingue em tão pouco tempo se viu tantos protestos e insatisfação.

Falta na atual gestão ruptura com a maneira arcaica de governar, maior enlace entre as secretarias e escutar mais as pessoas, as comunidades, as associações, os grupos e etc.

E o povo? Continuar a cobrar, se manifestar e dizer "não" se necessário. Aproveitando o ensejo para começar a discutir a política na sua totalidade e saindo do mero partidarismo.

Contudo o exercício de manter-se acordado não está restrito apenas à gestão e governo atual, mas também com relação à atual oposição municipal. Não se pode esquecer que durante décadas Quijingue foi administrada por esses, que os descasos com o dinheiro público não é algo de agora (isso não dá legitimidade para erros da gestão atual), esses também definitivamente não são os “heróis da nação”.

Acredito de maneira veemente que se devem construir em Quijingue novas posturas, isso o governo e a atual oposição, sair do simplismo e pensar de maneira mais coletiva e comprometida com o município.

E o povo?... PERMANECER ACORDADO, reivindicar, cobrar, ser auto suficiente para pensar e não servir de massa de manobra dos interesses partidários. Contribuir para o aperfeiçoamento democrático através da participação, pois só existe mudança de fato com a manifestação, elaboração e desejo popular.

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